Sustentar: setor cerâmico reforça compromisso com a sustentabilidade
Evento aconteceu na manhã desta quarta-feira(28)
Em comemoração ao mês do meio ambiente, celebrado em junho, a Anfacer realizou, em parceria com a Aspacer (Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento), o CCB (Centro Cerâmico do Brasil), o Sindiceram (Sindicato das Indústrias de Cerâmica) e o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), o evento Sustentar, com o objetivo de divulgar as ações do setor cerâmico voltadas à sustentabilidade. A agenda positiva faz parte da Iniciativa Anfacer + Sustentável.
A abertura foi conduzida por Benjamin Ferreira Neto, vice-presidente do Conselho de Administração da Anfacer, que reforçou a sustentabilidade como um tema de extrema importância para o setor. “Iniciamos um planejamento estratégico da indústria cerâmica em 2020 e a sustentabilidade é um dos pilares fundamentais. Temos hoje a cerâmica mais verde do mundo, com menor consumo de gás, energia e água por metro quadrado. Como setor temos ambições maiores, prova disso é o uso do biometano na matriz energética, projeto que está encaminhado e deve começar a servir o setor a partir de 2025”, reforçou.
“Temos visto, de uma maneira geral, a valorização dos produtos com apelo mais verde no mundo todo. Limites de pegada de carbono por tipologia de produto já são discussões presentes no âmbito da Europa e EUA e com certeza chegarão ao Brasil. Precisamos nos movimentar rapidamente e aproveitar essa vantagem competitiva que já temos e traduzi-la em resultados para a indústria de revestimento nacional”, destacou.
Ferreira Neto finalizou reforçando a importância de o setor ter um diagnóstico para que se possa avançar e dar tração a todas essas discussões no âmbito da indústria.
Na sequência, Lilian Sarrouf, do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP, falou sobre a gestão de carbono na cadeia da construção civil e o projeto CECarbon, ferramenta gratuita e desenvolvida pelo próprio setor da construção, para o cálculo de emissões de carbono em uma obra. Lilian enfatizou que os financiamentos por meio dos bancos e do próprio BNDES já estão levando em consideração o impacto para se projetar e construir e uso de materiais, produtos e sistemas construtivos que tenham menor emissão.
Na sequência, Marcelo Suster, consultor de sustentabilidade do CCB, apresentou o Inventário de GEE de 2021, ano em que o setor teve recorde histórico de produção. Suster ressaltou que grande parte das emissões são as fontes energéticas. Hoje o setor é o 2º maior consumidor industrial de gás natural e o 10º maior de energia. Ainda na parte dos inventários de GEE, Julio Noronha, da JRC Consultoria e Serviços Ambientais, mostrou os resultados para a Expo Revestir 2023, sendo este o primeiro inventário realizado para o evento.
Fechando a programação, Ana Paula Margarido, superintendente do CCB, apresentou o projeto de capacitação do laboratório do CCB para realizar ensaios de emissão de particulados com foco em minimizar os impactos socioambientais do APL de Santa Gertrudes.